Foram dezenas de milhares de trabalhadores, do sector público e privado, que marcaram presença na manifestação de hoje em Lisboa, convocada pela CGTP-IN. Ao longo do percurso, entre a Praça do Marquês de Pombal e a Assembleia da República, os manifestantes reafirmaram as suas justas razões de protesto - contra as injustiças e desigualdades, por emprego com direitos e salários dignos.
No mesmo dia em que o Conselho de Ministros se encontrava reunido para aprovar novas medidas de austeridade - ou seja, que cortam nos salários, nas pensões e nos serviços públicos e deixam isentos de qualquer encargo os grandes grupos económicos e financeiros - os trabalhadores exigiram um rumo diferente na política nacional, assente na criação de emprego, no investimento público, na valorização do trabalho e dos trabalhadores.
Para além das razões gerais, trabalhadores de vários sectores traziam as suas exigências próprias - contra as privatizações, pelo respeito pela contratação colectiva, contra a repressão. No desfile seguiam também activistas da Campanha Paz Sim! NATO Não!, solidários com os trabalhadores em luta e apelando à manifestação de 20 de Novembro, contra a cimeira da NATO em Portugal e seus objectivos militaristas. «Trabalho e Pão! Guerra Não!», gritavam.
No final, após as intervenções de Valter Lóios e Manuel Carvalho da Silva, respectivamente dirigentes da Interjovem e da CGTP-IN, os trabalhadores ficaram ainda mais conscientes da importância de prosseguir a luta.
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