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23 novembro 2010

O futuro da primeira vez

Na quarta-feira, 24 de Novembro, «haverá milhares de trabalhadores que pela primeira vez na sua vida vão aderir a uma greve - no sector público e no sector privado, uns mais novos, outros mais velhos, uns com vínculos estáveis, outros praticamente sem vínculos laborais». Paulo Raimundo (Comissão Política do Comité Central) realça que «este facto dá muita confiança para o futuro», porque «representa um reforço para a luta que tem que continuar» e porque «o facto de milhares de trabalhadores terem tomado esta consciência é em si mesmo um sinal muito positivo».
A importância desta greve geral «está para lá daquilo que vier a ser conquistado dia 24» e o foco mantém-se nos locais de trabalho para a luta que é necessário prosseguir. Vão reunir-se o Comité Central do Partido, dia 29, e o Conselho Nacional da CGTP-IN, dia 25, e as suas decisões, «obviamente, levarão em conta a apreciação que for feita da greve geral e da correlação de forças no terreno». Mas Paulo Raimundo não duvida de que, «independentemente do que de concreto se venha a apontar para o futuro, em termos de acção convergente de âmbito global ou inter-sectorial, vai ser necessário aumentar a acção reivindicativa» ao nível de empresas e serviços.
Nos sectores privados, «para uma parte significativa dos contratos colectivos, inicia-se agora a revisão salarial». Nos próximos tempos, a concretização do salário mínimo de 500 euros, em Janeiro de 2011, e a tentativa de impor «aumentos zero» vão ser decididas, «não na mesa das negociações, mas em cada empresa», porque «os sindicatos só conseguirão ir mais longe nas negociações se mais forte for a acção dos trabalhadores nas empresas».
Na Administração Pública, «é preciso haver uma resposta ao nível de sector e de local de trabalho, no momento em que os trabalhadores vão sentir na pele as consequências do Orçamento do Estado». A exigência de mudança de política é a questão fundamental que se continuará a colocar. Tem que ser um elemento fundamental da acção convergente, e tem que estar presente na intervenção em cada local de trabalho, em cada empresa.
Por fim, «a exigência de mudança de política é a questão fundamental que se continuará a colocar». Sendo «um elemento fundamental da acção convergente», ela «tem que estar presente na intervenção em cada local de trabalho, em cada empresa».
«Baixar os braços está fora de questão», conclui Paulo Raimundo.

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